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CONHECIMENTO: ESTÓRIAS 

Um recado dos Gnomos das Faias


Um recado dos Gnomos das Faias

Envie este meu recado para os seres humanos. Eu sei de muitas coisas. Tenho 130 anos. Vivo lá, na floresta das Faias, onde as Faias crescem há mais de 120 anos, onde há umidade, e onde não há queimadas. Gosto de passar meu tempo, de preferência, bem próximo às Faias com grandes copas.

Minha tarefa é auxiliar estas árvores. Elas podem viver e crescer sem mim, mas comigo são mais alegres. Quando está chovendo, celebramos. Vocês, seres humanos, são diferentes. Quando chove na floresta, vocês ficam aborrecidos, tentam encontrar algum abrigo da chuva, tentam proteger seu corpo da umidade, e se vocês ficam muito molhados, então ficam doentes. Quando a chuva começa, vocês fogem da floresta.

Conosco, seres invisíveis aos olhos humanos, é diferente. Quando está chovendo, ficamos felizes. A água não nos faz mal algum. Nosso corpo é coberto por uma pele macia, cuja superfície usamos para respirar, e quando está molhada então podemos respirar muito melhor. Por outro lado, se está seca, mal podemos respirar e a luz direta do sol nos machuca. Então, a maioria de nós – os pequenos amigos das Faias (vocês nos chamam de gnomos, mas nós nos chamamos de “pequenos seres da floresta”) – apreciamos viver à sombra das Faias, para que a luz do sol não nos afete muito. Lá, em nossas câmaras sob as raízes das Faias, preferimos dormir durante o dia, retornando à vida à noite, ou durante os dias chuvosos.

Estamos em mútuo entendimento com os animais. Ajudamos não apenas as Faias mas também os seus jovens amigos em nosso setor da floresta, a fim de que tudo esteja em ordem: ajudamos as pequenas sementes de Faia, para que possam crescer e transformar-se em pequenas Faias; conduzimos animais e pássaros para que saibam onde possam ficar. Nós os aconselhamos sobre o que podem ou não podem comer, mostramos onde podem fixar seus abrigos ou onde construir seus ninhos.

Cada uma de nossas ações é responsável pela prosperidade de nossas Faias. Então, apoiamos as ações que são auxiliadoras e suprimimos aquelas que são prejudiciais a elas. Por exemplo: estimulamos a germinação das sementes de Faias e seu crescimento até que outro ser, responsável por todas as demais funções da árvore, assuma seus cuidados. Auxiliamos aqueles animais os quais vivem sob a copa de nossas Faias (ratos, ratazanas, martas, esquilos); dos pássaros, ajudamos os pica-paus – direcionamos todas as espécies que vêm à nossa casa para aquelas árvores que precisam de ajuda. Auxiliamos os carrapitos (nuthatches), aves trepadeiras, melharucos azuis, tentilhões, pintarroxos, pássaros preto, e também falcões, para que possam vir trabalhar bem aqui sob nossas Faias. Podemos correr muito rápido, escalamos rochas, saltamos em galhos e pulamos de uma árvore para outra.

Sempre confiamos em nossas ações, porque sempre são bem-sucedidas; portanto não conhecemos o medo. Estamos sempre certos de que tudo que fazemos é correto, útil, e bom, portanto as dúvidas não nos torturam, sempre estamos alegres e não conhecemos a preocupação.

Também ajudamos muitas espécies de insetos – você nem sabe seus nomes, portanto nem vou mencioná-los – em suas atividades, que estão florescendo tanto para nossas Faias como para toda a floresta, porque o que é útil para as Faias, como parte do todo, reflete-se nas funções do todo.

Ali em nosso pequeno reino, mantemos o equilíbrio essencial, impedindo as ações que não poderiam ser úteis para o bom condicionamento de nossa floresta. Nós impedimos o consumo excessivo de sementes de Faias. Os carrapitos (nuthathes), em especial, são muito desobedientes – frequentemente retiram mais sementes do que o necessário. Se javalis selvagens vêm para cá, então permitimos que comam as sementes na quantidade necessária para sua satisfação e os mandamos para outros lugares se começam a exagerar. Também forçamos os camundongos a não comerem somente sementes de Faia, mas também a procurar outro tipo de alimento. Não permitimos aos pássaros jay que comam mais ovos que precisam para a produção de cálcio em seu corpo, e permitimos aos esquilos que peguem tantos ninhos quanto precisem para eles e para suas ninhadas. O equilíbrio da floresta não deve ser afetado, sob nenhuma circunstância.

Nós nunca punimos ninguém diretamente. Existem outros seres aqui, que tecem os fios do destino para animais e plantas, determinando assim o rumo de suas vidas. Nós apenas fazemos nosso trabalho.

Nós também ajudamos muitas plantas que devem crescer em nosso reino. Alguns seres chegam aqui equivocadamente. Estes nós os mandamos para outros lugares com melhores condições para eles. Resumindo: nós zelamos para que a qualidade de vida seja melhor nos lugares onde atuamos, contribuímos para a manutenção do equilíbrio da natureza e trazemos alegria e júbilo para a vida de nosso ambiente.

Nossa atividade encontra-se no limite de dois mundos: o nosso – o mundo interior, e o seu – o mundo exterior. Nosso desejo, por ser sempre o bem, é transferido para o mundo material, e quando nosso desejo é forte e duradouro, manifesta-se no mundo material; por exemplo: com nossa atuação uma semente de Faia germina mais rápido, ou as flores enraízam mais efetivamente, ou um pássaro consegue construir seu ninho em um lugar mais adequado.

Estas manifestações são pequenas mas proporcionais à energia que utilizamos. Vocês, humanos, não conseguem vê-las, pois vocês não pertencem ao nosso mundo, vocês nem mesmo conseguem entendê-las. Com suas ações vocês estão tornando nosso trabalho mais difícil, e algumas vezes, vocês interrompem nossa existência. Andam pelo mundo irresponsavelmente, sem respeitar o desejo das plantas, dos animais, e dos seres da floresta.

Vocês estão destruindo estas árvores que poderiam viver por muito tempo ainda, e ao fazer isso vocês destroem também nossas casas, não nos deixando outra alternativa a não ser sair. Nós nos alimentamos do orvalho, de radículas, folhas de ervas e grama, e às vezes de frutas também. Nosso corpo é muito delicado; portanto, para seu funcionamento normal, uma pequena quantidade de alimento material nos é suficiente.

Nossas peles e nossos corpos estão formigando e ardendo por causa das chuvas, resultado das ações humanas – todo o nosso mundo sofre com isso e nosso sofrimento é também notado por aqueles seres que estão tecendo o destino dos humanos – não somente dos indivíduos, mas também de povos inteiros. Sem a umidade e sem as Faias, vivemos muito pouco tempo, somente alguns poucos dias.

Existem três de nós com você neste momento – nós nos escondemos em suas coisas. Isto é possível porque podemos reduzir um pouco o tamanho de nosso corpo. Normalmente, nossa altura é a metade da altura de um homem. Se você se concentrar, então você poderá fazer uma imagem nossa.

E agora, após termos lhes contado tudo isto, tudo o que pedimos é que nos leve de volta para a floresta, por favor. Não precisa ser a mesma floresta de Faias onde nascemos. Nós observamos seu interesse sincero pelas Faias antigas, portanto nos juntamos a você, e lhe pedimos que por favor nos leve de volta para uma floresta de Faias que você ache apropriada para nós. Se você encontrar um novo lar para nós, então lhe seremos muito gratos, porque poderemos ser felizes novamente.


A mensagem dos Gnomos das Faias foi recebida pelo Dr. Samuel Pačenovský, médico


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